O pré-natal é o conjunto de consultas e exames realizados durante a gravidez para acompanhar o desenvolvimento do bebê e a saúde da mãe. É um período fundamental para prevenir e diagnosticar precocemente possíveis problemas, garantindo uma gravidez saudável e um parto seguro. O pré-natal deve começar assim que a mulher descobre que está grávida. As consultas devem ser realizadas com frequência, geralmente a cada 30 dias no primeiro trimestre, a cada 20 dias no segundo trimestre e a cada 15 dias no terceiro trimestre. Durante as consultas, o médico irá realizar exames físicos e laboratoriais para avaliar o crescimento e desenvolvimento do bebê, bem como a saúde da mãe. Os exames mais comuns incluem:
· Ultrassom: é um exame de imagem que permite visualizar o bebê dentro do útero. É realizado para avaliar o crescimento e desenvolvimento do bebê, bem como a placenta e o líquido amniótico.
· Exame de sangue: é realizado para verificar os níveis de hormônios, vitaminas e minerais da mãe, bem como para detectar possíveis infecções.
· Exame de urina: é realizado para verificar se há infecções ou problemas nos rins da mãe.
Além dos exames, o médico também irá orientar a gestante sobre os cuidados necessários durante a gravidez, como alimentação, exercícios e higiene.
Qual o papel do SUS no pré-natal?
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o pré-natal gratuitamente para todas as gestantes, independentemente de renda ou condição social. As gestantes que buscam atendimento no SUS devem procurar uma unidade básica de saúde (UBS) ou um hospital de referência. Nas UBS, as consultas são realizadas por uma equipe multidisciplinar.
Por que o pré-natal é importante?
O pré-natal é essencial para a detecção precoce de problemas de saúde, tanto na mãe quanto no bebê. Um exemplo é o exame de translucência nucal, realizado por volta da 12ª semana de gestação, que pode identificar possíveis malformações ou síndromes, como a Síndrome de Down. Outros exames realizados durante o pré-natal também podem identificar rapidamente alterações como:
· Alterações neurológicas
· Desnutrição
· Doença cardíaca
· Doenças autoimunes
· Doenças infecciosas
· Diabetes
· Insuficiência renal
Além disso, o pré-natal ajuda a garantir um parto tranquilo e sem intercorrências. Isso ocorre porque, ao identificar e tratar problemas de saúde precocemente, o profissional de saúde pode evitar complicações, que podem variar de leves a graves.
Confira dicas para ter um pré-natal de qualidade
· Escolha um médico de confiança: o médico deve ser experiente e qualificado para atender gestantes.
· Faça as consultas com frequência: as consultas devem ser realizadas com frequência para acompanhar o desenvolvimento do bebê e a saúde da mãe.
· Pergunte ao médico todas as dúvidas: não tenha medo de perguntar ao médico todas as dúvidas que você tiver sobre a gravidez.
· Com um pré-natal adequado, a mulher tem mais chances de ter uma gravidez saudável e um parto seguro.
Quais são os profissionais responsáveis pelo acompanhamento do pré-natal?
O acompanhamento do pré-natal pode ser realizado por uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais de diferentes áreas da saúde, incluindo:
Médico obstetra: o médico obstetra é o profissional responsável pelo acompanhamento geral da gravidez, incluindo o diagnóstico e o tratamento de possíveis complicações.
· Enfermeira obstétrica: a enfermeira obstétrica é responsável pelo atendimento da gestante nas unidades de saúde, realizando consultas, exames e orientações.
· Nutricionista: a nutricionista orienta a gestante sobre a alimentação adequada durante a gravidez.
· Psicólogo: o psicólogo ajuda a gestante sobre os aspectos emocionais da gravidez.
· Fisioterapeuta: o fisioterapeuta auxilia a gestante sobre os exercícios físicos adequados durante a gravidez.
· Doula: a doula é uma profissional que oferece apoio emocional e físico à gestante durante a gravidez, o parto e o pós-parto.
Dicas para escolher um profissional responsável pelo acompanhamento do pré-natal
· Peça indicações de amigos e familiares: as pessoas que você conhece podem te indicar profissionais de confiança.
· Consulte o Conselho Regional de Medicina (CRM): o CRM é um órgão que fiscaliza o exercício da medicina no Brasil. Você pode consultar o site do CRM para verificar se o profissional está registrado no conselho.
· Agende uma consulta para conhecer o profissional: marque uma consulta para conhecer o profissional e conversar com ele sobre sua experiência e qualificação.
Baixa assistência pré-natal em mulheres indígenas
As mulheres indígenas no Brasil ainda enfrentam desafios significativos no acesso aos cuidados de pré-natal adequados. De acordo com uma pesquisa do Primeiro Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas, envolvendo 3.967 gestantes e puérperas, revelou que apenas 30% das mulheres pertencentes a comunidades indígenas iniciam o acompanhamento médico com obstetras durante o primeiro trimestre de gravidez. Alarmantemente, 14% delas não chegam a realizar qualquer consulta pré-natal. Isso pode ser explicado por uma série de fatores, incluindo:
· Acesso geográfico: muitas comunidades indígenas estão localizadas em áreas remotas, o que dificulta o acesso aos serviços de saúde.
· Dificuldades culturais: as práticas culturais indígenas podem dificultar o acesso ao pré-natal, por exemplo, a relutância em compartilhar informações pessoais com profissionais de saúde não indígenas.
· Falta de conhecimento: muitas mulheres indígenas não têm conhecimento sobre a importância do pré-natal.
As mulheres indígenas que não realizam o pré-natal têm maior risco de desenvolver complicações durante a gravidez, o parto e o pós-parto. Além disso, os bebês nascidos de mães que não realizaram o pré-natal têm maior risco de nascer prematuros, com baixo peso ao nascer e com problemas de saúde.
Quais são os direitos da gestante no pré-natal?
No Brasil, as gestantes têm diversos direitos assegurados durante o período pré-natal. Estes direitos são protegidos pela legislação e visam garantir a saúde da mãe e do bebê, bem como fornecer um acompanhamento adequado durante a gravidez. Esses direitos incluem:
· Acesso gratuito ao pré-natal: o pré-natal é um direito garantido pela Constituição Federal, e todas as gestantes, independentemente de renda ou condição social, devem ter acesso ao pré-natal gratuito.
· Assistência integral: o pré-natal deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais.
· Informação: as gestantes têm direito a receber informações sobre a gravidez, o parto e o puerpério.
· Conservação da autonomia: as gestantes têm direito a tomar decisões sobre a própria gravidez e o parto.
· Proteção contra violência: as gestantes têm direito a ser protegidas contra qualquer forma de violência, física ou psicológica.
· Falta justificada ao trabalho: as gestantes têm direito a faltar ao trabalho para realizar consultas de pré-natal e exames.
· Declaração de comparecimento: as gestantes têm direito a receber uma declaração de comparecimento para apresentar ao empregador sempre que forem às consultas de pré-natal ou exames.
· Licença-maternidade: as gestantes têm direito a licença-maternidade de 120 dias, pagos pelo INSS.
É importante que as gestantes conheçam seus direitos para garantir que eles sejam respeitados. Em caso de descumprimento, a gestante pode denunciar o caso aos órgãos competentes, como o Ministério da Saúde, o Ministério Público ou o Conselho Regional de Medicina.
Pode pedir auxílio-maternidade antes do bebê nascer?
Sim, é possível pedir salário maternidade antes do bebê nascer. O pedido pode ser feito a partir de 28 dias antes do parto, mediante a apresentação de atestado médico que comprove a necessidade de afastamento do trabalho. Para solicitar o salário maternidade, a mulher deve comparecer à agência do INSS mais próxima com os seguintes documentos:
· Documento de identificação pessoal (RG, CNH, etc.).
· CPF.
· Certidão de casamento ou de união estável, se for o caso.
· Cartão do SUS.
· Atestado médico que comprove a necessidade de afastamento do trabalho.
· Comprovante de residência.
· Carteira de trabalho e Previdência Social (CTPS).
O valor do salário maternidade é calculado com base na média dos salários de contribuição dos últimos 12 meses. O salário-maternidade é um direito garantido pela Constituição Federal. Todas as mulheres, independentemente de renda ou condição social.
Confira algumas situações em que a mulher pode solicitar o salário maternidade antes do bebê nascer:
· Quando a gravidez é de risco e o médico recomenda o afastamento do trabalho.
· Quando a mulher é desempregada e está recebendo o seguro-desemprego.
· Quando a mulher é trabalhadora rural e está recebendo o auxílio-doença rural.
Se você está grávida e precisa solicitar o salário-maternidade antes do bebê nascer, é importante consultar uma empresa de assessoria previdenciária como a Núcleoprev, para verificar se você atende aos requisitos para receber o benefício. A Núcleoprev pode ser uma boa opção para garantir que você tenha direito ao auxílio-maternidade durante o pré-natal.
Fontes:
https://www.fadc.org.br/noticias/entenda-a-importancia-do-pre-natal
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-da-crianca/pre-natal-e-parto
https://www.eumedicoresidente.com.br/post/pre-natal
https://portal.fiocruz.br/servico/realizar-consulta-de-pre-natal-de-alto-risco-fiocruz-iff/rj