Após dedicar os primeiros meses ou até anos ao cuidado da família com o nascimento do bebê, retornar ao ambiente de trabalho pode representar um desafio significativo para as mães. Embora discriminar uma candidata com base na maternidade seja ilegal, alguns recrutadores ainda adotam práticas preconceituosas. Diante dessa realidade desafiadora, um grupo de profissionais especializados em Recursos Humanos, inovação e comunicação da agência de comunicação TeamWorker e o laboratório de inovação Gira lançaram em 2017 o primeiro banco de currículos brasileiro voltado exclusivamente para mães que estão buscando um novo emprego, a plataforma online "Contrate Uma Mãe".
Essa iniciativa reúne os currículos de mulheres que são mães, disponibilizando-os para empresas interessadas em contratar profissionais com esse perfil. O projeto atualmente abrange mais de 14 mil currículos de mães e mantém parcerias com 25 empresas. Além de fornecer informações sobre experiência profissional e acadêmica, as mães têm a oportunidade de destacar habilidades adquiridas no cotidiano com os filhos, como resiliência e determinação.
Conheça os recursos disponíveis no site Contrate uma mãe para facilitar a recolocação profissional de mães
· Banco de currículos: O site conta com um banco de currículos de mães profissionais de todo o Brasil. As mães podem cadastrar seus currículos gratuitamente e receber notificações quando há vagas que correspondem ao seu perfil.
· Mentoria: A plataforma oferece mentoria gratuita para mães que estão buscando recolocação profissional. As mentoras são mães profissionais que compartilham suas experiências e dicas para ajudar as novas mães a encontrarem o emprego certo.
· Cursos e workshops: A plataforma oferece cursos e workshops gratuitos sobre temas relacionados à recolocação profissional, como currículo, entrevista de emprego e negociação salarial.
· A plataforma já ajudou diversas mães a encontrarem emprego. Ela está disponível em todo o Brasil e é gratuita para mães profissionais.
Contrate uma mãe: o que é e para que serve um banco de currículos?
Um banco de currículos é um sistema organizado que armazena informações detalhadas sobre candidatos a empregos, incluindo seus currículos, qualificações, experiências profissionais e habilidades. Geralmente, esses bancos são mantidos por empresas, agências de recrutamento, sites de empregos ou outras organizações que estão envolvidas no processo de seleção de candidatos para vagas de emprego.
· Os bancos de currículos armazenam dados de candidatos, incluindo histórico educacional, experiência profissional, habilidades técnicas e comportamentais, certificações e outras informações relevantes.
· Recrutadores e empregadores têm acesso a esses bancos para procurar candidatos que atendam aos critérios específicos para vagas de emprego em aberto.
· Os bancos de currículos geralmente possuem ferramentas de pesquisa avançada que permitem aos recrutadores filtrar candidatos com base em critérios como formação acadêmica, experiência, localização e habilidades específicas.
· Empresas podem usar os bancos de currículos para gerenciar eficientemente o processo de recrutamento, identificando rapidamente candidatos qualificados e reduzindo o tempo necessário para preencher uma vaga.
· Candidatos podem manter seus currículos atualizados no banco, incluindo informações sobre novas habilidades adquiridas, experiências profissionais recentes ou mudanças nas suas preferências de emprego.
· Bancos de currículos geralmente garantem medidas de segurança para proteger as informações confidenciais dos candidatos. Os candidatos também podem definir níveis de privacidade em relação à visibilidade de suas informações.
· Para empresas que precisam preencher vagas rapidamente, os bancos de currículos proporcionam uma fonte prontamente acessível de candidatos qualificados, agilizando o processo de seleção.
Por que contratar uma mãe?
A expressão "Maternal Wall", embora estrangeira, encontra ressonância no contexto do mercado de trabalho brasileiro, referindo-se a estereótipos e formas de discriminação enfrentados por mães que estão empregadas ou buscam oportunidades de trabalho.
No cenário geral, é observado que mães frequentemente são percebidas de maneira enviesada, sendo erroneamente consideradas menos competentes e dedicadas às suas funções profissionais. Essa forma de discriminação pode se manifestar de várias maneiras, como a não oferta de promoções desafiadoras, com a justificativa de que novas responsabilidades podem demandar mais tempo.
Os desafios se intensificam ainda mais quando uma mãe procura emprego, pois ela enfrenta uma menor probabilidade de ser contratada, recebe ofertas salariais mais baixas e pode iniciar uma relação empregatícia frequentemente associada a uma percepção de empenho inferior.
Contudo, uma pesquisa conduzida pelo Federal Reserve Bank de St. Louis destacou que, em geral, mães apresentam níveis de produtividade superiores aos profissionais sem filhos. A ausência de margem para procrastinação contribui para a amplificação da eficiência e produtividade no ambiente de trabalho. Essa vantagem pode ser ainda mais significativa para aquelas mães que contam com o suporte colaborativo de cônjuges ou familiares.
Quase dois terços das mães ativas profissionalmente acreditam que desenvolveram uma habilidade aprimorada para realizar múltiplas tarefas no trabalho após se tornarem mães, revela uma pesquisa conduzida pela Microsoft em 2014. A realidade é que a capacidade de estabelecer metas, criar planos e executá-los com naturalidade, espontaneidade e flexibilidade, características inerentes às mães, pode ser aplicada de maneira eficaz também no ambiente de trabalho.
Contrate uma mãe : demissão atinge 56% das mulheres após licença-maternidade
Um levantamento revela que 56% das profissionais já foram desligadas do emprego ou têm conhecimento de outras mulheres que foram demitidas após o período de licença-maternidade. De acordo com dados do portal Empregos.com.br, que entrevistou 273 mães entre 18 e 45 anos, o preconceito e o desconforto começam antes mesmo da conquista da vaga de trabalho. Quatro em cada dez mulheres afirmaram ter se sentido discriminadas durante um processo seletivo ao compartilharem informações sobre a maternidade.
A pesquisa ainda evidencia que 77% dos empregadores concedem licença-maternidade de quatro meses, conforme estabelecido pela CLT; 18,3% oferecem uma licença de seis meses, enquanto apenas 2% proporcionam um período mais extenso de afastamento, adaptando-se às necessidades individuais da mãe.
Contrate uma mãe: as empresas estão preparadas para receber mulheres que são mães?
Ainda de acordo com a pesquisa feita pelo Empregos.com.br a maioria das empresas não estão preparadas para receber mulheres que são mães. Existem diversas razões para isso, uma delas é a falta de políticas e práticas que facilitem a conciliação entre trabalho e família. As mulheres que são mães podem enfrentar dificuldades para se dedicarem ao trabalho, pois precisam cuidar dos filhos. As empresas que não oferecem suporte a essas mulheres podem ser vistas como menos flexíveis e menos acolhedoras.
Outra razão para a falta de preparação das empresas é a discriminação contra as mulheres que são mães. Algumas empresas podem acreditar que as mulheres que são mães são menos comprometidas com o trabalho ou que não têm as mesmas habilidades que os homens. Isso pode levar a uma discriminação no processo de recrutamento e seleção, ou mesmo no ambiente de trabalho.
Para que as empresas estejam preparadas para receber mulheres que são mães, é preciso que elas promovam políticas e práticas que facilitem a conciliação entre trabalho e família. Essas políticas podem incluir:
· Flexibilidade de horário;
· Home office;
· Creches ou auxílio-creche;
· Benefícios para cuidadores de crianças.
Além disso, as empresas precisam combater a discriminação contra as mulheres que são mães. Isso pode ser feito através de treinamentos e sensibilização dos funcionários, e através de políticas que proíbam a discriminação no ambiente de trabalho. Ao promover políticas e práticas que sejam inclusivas e acolhedoras, as empresas podem contribuir para a redução da desigualdade de gênero no mercado de trabalho.
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